sexta-feira, 24 de novembro de 2017

A DOR DOS OUTROS

* Honório de Medeiros

Ouço e leio os relatos que me chegam de todos os cantos e fico perplexo.

São servidores públicos do Estado que estão devendo a agiotas.

Que estão devendo a bancos.

Que não têm dinheiro para pagar a conta da comida e da higiene.

Que não têm dinheiro para pagar as despesas com a escola da meninada.

Que não têm dinheiro para pagar a farmácia.

Que não têm dinheiro para pagar o transporte.

Servidores ativos, servidores aposentados.

Servidores que ganham mais, servidores que ganham menos.

Pois tanto os que ganham mais, quanto os que ganham menos, são iguais na hora de pagar suas contas, seus empréstimos, seus remédios, sua alimentação e higiene, as escolas dos filhos, suas roupas, o transporte que usam.

E a Assembleia Legislativa, o Tribunal de Contas, o Ministério Público, a Justiça, nada, nada vezes nada.

Não se interessam pela dor dos outros. Fazem de conta que não é com eles.

E o Governador do Estado, nada. Nada vezes nada. 

Não se interessa pela dor dos outros. 

Mesmo se e quando a dor dos outros, às vezes, atrapalhe.

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