quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

TODO HOMEM É UM INFINITO DE SOLIDÃO

* Antônio Gomes

Há algo que nós sabemos, e que os jovens não sabem.
E o que sabemos está escrito no coração e na pele.
Lembranças de tempos idos, marcas, rugas, cicatrizes.
Odores, sensações, imagens que não podem ser reproduzidas.

O que sabemos morrerá conosco tão logo cada um de nós se vá.
Pouco importam os livros, as imagens, pouco importam os museus.
E assim será amanhã com aqueles que estão hoje na aurora dos dias.
E assim será amanhã com os filhos dos nossos filhos dos nossos filhos.

Pois ao contrário do que se supõe e nos cantam os poetas,
Todo homem é uma ilha, e toda ilha um infinito de solidão.


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