sábado, 16 de janeiro de 2016

DE UMA ENTREVISTA ENOJANTE

* Honório de Medeiros


Antônio Carlos de Almeida Castro, o "Kakay", é advogado criminalista especializado em defender o pessoal barra-pesada que comete crimes de "colarinho branco". Aqueles que tiram o dinheiro que seria usado na educação, saúde, segurança, infra-estrutura, etc, etc. "Kakay" assinou, com outros, uma carta-aberta à Sociedade dizendo que a Lava-Jato fere direitos e garantias individuais, e chamou seus investigadores de "neo-inquisidores". Tudo conversa fiada, claro. O que eles defendem, mesmo, é que as coisas continuem como antes, e a procrastinação no julgamento e condenação da bandidagem "chique" permita que seus advogados continuem ganhando rios de dinheiro a nossa custa. Pois bem "Kakay", às margens do Sena, deu uma entrevista à BBC Brasil. Não sou de me enojar com algo, antes tento compreender. Confesso que não consegui. Recomendo a leitura de "Kakay e o Manifesto: Vaidade e insulto contra a Lava-Jato", do jornalista Vítor Hugo Soares. Procurem no Google.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

ADVOGADOS PUBLICAM CARTA-ABERTA CRITICANDO A LAVA-JATO

* Honório de Medeiros

Então os advogados dos investigados pelo saque contra o dinheiro do povo estão revoltados com o quê mesmo? Com o desrespeito às garantias fundamentais dos acusados? Mas o STF não tem acompanhado cada passo dessa história vergonhosa de furto bilionário? A quem esses advogados querem enganar com a publicação dessa carta-aberta? Não há limite ético para o que fazem em defesa dos seus interesses financeiros?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

DE MANIPULAÇÃO

* Honório de Medeiros

Talvez um dos maiores legados que este momento do Brasil nos deixe seja a consciência - não para muitos, infelizmente - de que somos diariamente, de forma colossal, vítimas de manipulação. Um exemplo basta. O caso do Arena das Dunas, em Natal. Fomos levados a crer, insistentemente, que a obra era necessária e atrasados os que a ela se opusessem. O dia-a-dia e as finanças do Estado nos mostraram sua natureza de elefante branco. E o noticiário nos informou acerca de quem, verdadeiramente, ganhou com a obra: a elite política corrupta do Estado. Acerca da manipulação há muito a ser dito, em outro lugar. Sobre sermos inocentes-úteis. Alienados. Não sabermos usar o ceticismo enquanto escudo. Mas como ponto-de-partida é importante considerar que toda a manipulação é desonesta, entretanto nem toda desonestidade é manipulação.