Nada como um pós-eleição para descobrirmos quem é, de fato, aquele candidato edulcorado ou seu governo (se ele é candidato à reeleição).
O pó sequer cobriu novamente os nossos títulos de eleitor e o tamanho do estelionato eleitoral assume proporções gigantescas: o Governo quer destruir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
E por qual razão? Simples. Gastou muito mais do que arrecadou ao longo desses últimos anos. E como fez isso precisa alterar a Lei para evitar que seu chefe seja processado criminalmente.
Simples assim. Alterar a Lei. E ainda há quem acredite que a Lei é instrumento para a Justiça. Não sabem de nada, os inocentes...
Mas esperem: e o que isso tem demais, essa história de ser necessário evitar que haja mais gasto do que aquilo que é arrecadado?
Pense em você mesmo, caro leitor. Se você gasta mais do que ganha, onde irá parar? Um dia a casa cai. E você quebra. Como se diz no Sertão, "quebra de não prestar".
Mas Países não quebram. Ou quebram? Quebram. E o resultado da quebra é doloroso. Muito doloroso. Gerações são sacrificadas para que o trem possa correr de novo nos trilhos.
A Lei de Responsabilidade Fiscal foi elaborada para evitar essa situação pela qual está passando a Venezuela, a Argentina, e outros Países sub-desenvolvidos.
Pois bem, ainda não quebramos. Mas o resultado desse gasto errado, criminoso, breve pode se fazer sentir: a inflação estoura. E quando a inflação estoura, é um Deus nos acuda. Sofrem todos, até os muito ricos.
Para evitar que o rombo aumente, o Governo pode fazer poucas coisas: uma delas é cortar despesas, outra é aumentar os impostos. Que tal? Sim, há outra: aumentar a emissão de papel-moeda. Mas aí já é o fim.
Vocês agora já sabem qual é a nossa situação: completo descalabro, total irresponsabilidade. Não precisamos nem abordar o já muito batido tema da corrupção desvairada que contamina o Estado.
Acho melhor rezarmos. Vamos rezar. Vamos rezar, e muito.
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