sábado, 9 de novembro de 2013

POESÍA VERTICAL

Roberto Juarroz
 
 
Às vezes parece
que estamos no centro da festa
No entanto
no centro da festa não há ninguém
No centro da festa está o vazio
Mas no centro do vazio há outra festa

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

NUNCA PENSEI EM VIVER TEMPOS TÃO VULGARES!



Honório de Medeiros

Nunca pensei viver tempos tão vulgares.
 
Tão vulgares que as pessoas pensam que ser gentil é ser fraco; ser honesto, é ser ingênuo; ser bom, é ser tolo.
 
Tão vulgares que as pessoas não sabem a diferença entre sofisticação e requinte.
 
Quando se é elegante, inclusive em termos de caráter, se é requintado. A diferença entre sofisticação e requinte é a mesma entre uma roupa de grife usado por um tolo, e uma roupa simples usada por alguém elegante.
 
Quem exibe riqueza não é apenas tolo, é sórdido.
 
Uma das mulheres mais elegantes que jamais conheci não frequentava boutiques, não usava jóias, não se aspergia com perfumes caros. Entretanto em qualquer lugar onde entrava atraía todas as atenções. Sua distinção era inata e construída: naquilo que era inata, o dom de Deus; naquilo que era construída, a simplicidade comovente, a retidão de caráter, a profundidade da inteligência.
 
Quem é requintado não se exibe, não ostenta, não se intromete, não agride, não compete com os outros, não pisa em quem quer que seja: é discreto, reservado, simples, distinto, compete apenas consigo mesmo, e jamais, jamais, humilha alguém. É ético. Respeita os outros.
 
Tudo isso acima é óbvio. Deveria ser onipresente. É lamentável que esteja sendo esquecido, ou, pior, desdenhado.
 
A nossa civilização padece, cada dia mais, de um mal terrível, que a está consumindo aos poucos, qual seja a falta de respeito a um primado básico da vida em sociedade: não devemos fazer aos outros aquilo que não gostaríamos que nos fosse feito.
 
É preciso fazer da elegância uma atitude!
 
Simples assim.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

CNJ AFASTA PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA BAHIA

http://atarde.uol.com.br/politica/materias/1546411-cnj-determina-afastamento-de-presidente-do-tj-ba
 


CNJ pede o afastamento dos desembargadores Mário Hirs e Telma Brito:

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) determinou o afastamento dos desembargadores Mário Alberto Hirs, que preside o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), e Telma Brito, ex-presidente do órgão, por irregularidades na administração e no pagamento de precatórios, que são dívidas do setor público reconhecidas pela Justiça. A decisão foi unanime em julgamento realizado nesta terça-feira, 5.

De acordo com a assessoria do CNJ, o afastamento é imediato após a publicação da decisão, o que deve acontecer nesta terça ou quarta, 6.

O CNJ também determinou a abertura de um processo administrativo disciplinar (PAD) para apurar a acusação de pagamento de precatórios na gestão atual e da desembargadora Telma Brito. O fato teria gerado prejuízo estimado de R$ 448 milhões. Em um dos casos, o acréscimo no valor de um precatório foi de R$ 176 milhões, um outro de R$ 190 milhões.

Saiba mais:
Hirs diz que Judiciário sofre “"perseguição".

Segundo a sindicância, aberta no início do ano e relatada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Francisco Falcão, os desembargadores Mário Simões e Telma Britto tinham conhecimento das irregularidades e não tomaram providências.